quarta-feira, 12 de setembro de 2007

há peso nas palavras que é de escada errante


Minha melhor poesia.
Minhas melhores rimas.
Minha melhor (de)cadência.
Melhor história.
Melhor inspiração.
Melhor conclusão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

não me convenho nem me vou

(revisões)


Eu quero ir para um lugar
Aonde eu aprenda
A não me comunicar

Quero um silêncio
Que não me escute
que não me lembre
nem que me engane
que me seja apenas


não se faça
de desconhecida
a situação foi
gerada e concebida
pela sua estadia
em um instante
de distração
atrativa

não me venha
não dizer
que tem
nada com isso
que com nada
sempre teve
disso eu sempre
sei disse

não me olhe
para outro lado
ou me destoque
em um estocado
sou passado tanto
quanto o presente
seu ali do lado

não me finja
nem me arrisque
não se risca
fico com afinco
sou o risco não me ri
nem me rio do teu riso
seco-me de tanto afogar
em teu riso

não sou sombra
nem holograma
nem estêncil
nem desenho
portanto
o importante
que não
me projete
em um
muro
em um
quadro
em um
guardanapo
e bote
numa estante
e me esqueça
ali
por alguns
infinistantes



Em meus pensamentos
Te trago
Te bebo
Te sugo
Te sufoco
E enfim
Te amo
Em teus sentimentos
me esqueço




A árvore marginal
Do rio
Enfeitada
Como se fosse natal
(mas é páscoa)
Em vez de bolas
Pneus
E sacolas




No céu uma nuvem
Desgarrada
Reclama
Sua privacidade




me acusa
se acusa
nos acusa

a acusação
é a causa
disso tudo

desdá nosso nó(s)
eu pra cá
você pra lá

re(s)tos e firmes






me assusta a grande dança d'uma mudança diária do nada