quarta-feira, 12 de setembro de 2007

há peso nas palavras que é de escada errante


Minha melhor poesia.
Minhas melhores rimas.
Minha melhor (de)cadência.
Melhor história.
Melhor inspiração.
Melhor conclusão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

não me convenho nem me vou

(revisões)


Eu quero ir para um lugar
Aonde eu aprenda
A não me comunicar

Quero um silêncio
Que não me escute
que não me lembre
nem que me engane
que me seja apenas


não se faça
de desconhecida
a situação foi
gerada e concebida
pela sua estadia
em um instante
de distração
atrativa

não me venha
não dizer
que tem
nada com isso
que com nada
sempre teve
disso eu sempre
sei disse

não me olhe
para outro lado
ou me destoque
em um estocado
sou passado tanto
quanto o presente
seu ali do lado

não me finja
nem me arrisque
não se risca
fico com afinco
sou o risco não me ri
nem me rio do teu riso
seco-me de tanto afogar
em teu riso

não sou sombra
nem holograma
nem estêncil
nem desenho
portanto
o importante
que não
me projete
em um
muro
em um
quadro
em um
guardanapo
e bote
numa estante
e me esqueça
ali
por alguns
infinistantes



Em meus pensamentos
Te trago
Te bebo
Te sugo
Te sufoco
E enfim
Te amo
Em teus sentimentos
me esqueço




A árvore marginal
Do rio
Enfeitada
Como se fosse natal
(mas é páscoa)
Em vez de bolas
Pneus
E sacolas




No céu uma nuvem
Desgarrada
Reclama
Sua privacidade




me acusa
se acusa
nos acusa

a acusação
é a causa
disso tudo

desdá nosso nó(s)
eu pra cá
você pra lá

re(s)tos e firmes






me assusta a grande dança d'uma mudança diária do nada

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

sou passageiro de um trem fantasma

sou passageiro de um trem
fantasma fantasiado
de brevidade orválhica
sou mero
sou efêmero
só passo
passageiro
de um trem fantasma
em um dia
minha estádia
se resume
em suma
de instantes
instantâneos
feito de penas de chumbo
que somem com o respirar
de uma formiga asmática
você vê meu deslocamento
enquanto vejo você ficar em minha frente
de olhos espelhados contemplativos
sou vapor
movido a vácuo
sou sombra
de um vírus
duro
tento durar
o máximo
um instantinho
sou passageiro
em mim mesmo
você na minha frente
e um trem
que não se movimenta
me vejo distanciar
fantasma
orvalho
asmática
estádia
vácuo
vírus
mim



a preocupação
disso
é o instante
em que
me des
mancho
toda
a pintura
que rabisco
com nuvens
brancas
de sua íris
nada disso importa
mais
do que
a folha que não cai nunca
dum banco que sentamos
e falamos
sobre
o canto
das bocas
que são
sujos
e ocultos
e nesse instante
me desmancho

segunda-feira, 30 de julho de 2007

longe de mim querer ser um qualquem eu


não posso te tirar do teu tempo
( nem da tua vestimenta )
então faço um passatempo
tentando passear em mim mesmo
me diz, traio com minha vida alheia?
me faço um outro qualquem
brincando de mãos uma em cada bolso
só para esquecer o tempo que me passa
no osso é que se passa nosso tempo
( sem a sua vestimenta )
enfim você destempea de mim
e me acho entre os ponteiros
sobrepostos







Desiluminações cortam meu rosto
Em abertura convergente ainda
As sombras se arrastam pelo o asfalto frio
Que orvalho não chorou nas folhas
Entreabertas entre si
Passos lentos movimentam
Nem e nem em por isso saem do lugar
Frutas prontas para serem deglutidas
( nisso não consta ser degustadas)
Durante o decorrer do dia
Por qualquer estranho que se encantar
Bassouras ainda não varram a passagem
Dos rios que vão brotando
Em cada portal de metal que se aborrece
Acordadas por mãos não agradecidas
Pela segurança obtida no silêncio total
Da noite que passou em seguida
Tramas folhasombreadas não se formaram ainda
Nem me importo com isso
Não se girasolaram o suficiente para verem as coisas
Por debaixo da saia
Mas nem por isso a tenda não se estendeu por completa
E guardou um pouco de poeresia
Para a manhã de amanhã
Nuvens só as que se deslocam de meu bulbo
Ao meu córtex central
Nada mais
Nada a menos
Só umas coisas demais
Que são de menos



a linha reta
não me acerta
viro na curva
me dou de frente
comigo)m(esmo
sem medo
me contorço
me cutuco
até desdizer
os passos
que deixei
para frente



nem tudo que faço é poesia
mas toda poesia que faço
não é tudo que dev)er(ia

segunda-feira, 23 de julho de 2007

particulamente partido em nenhuma parte

não se faça
de desconhecida
a situação foi
gerada e concebida
pela sua estadia
em um instante
de distração

não me venha
não dizer
que tem
nada com isso
que com nada
sempre teve
disso eu sempre
sei

não me olhe
para outro lado
ou me destoque
em um estocado
sou passado tanto
quanto o presente
seu

não me finja
nem me arrisque
sou louça negra
que se risca
e sei que seu giz
não se risca
fico com afinco
pois o risco não me ri
nem me rio do teu riso
seco

não sou sombra
nem holograma
nem estêncil
nem desenho
portanto
o importante
que não
me projete
em um
muro
em um
quadro
em um
guardanapo
e bote
numa estante
e me esqueça
ali
por alguns
instantes

quarta-feira, 11 de julho de 2007

dêe forêmea aeleguma dêigo qcomsomdeckê eagudo bêom vírgulaouôú quêue eessetêeja perreonto poênetoparentêseasteriscêoparentêse

o sonho manhoso
malacabado veio
me descontar – falta
lhe algumas partes sim
assim se partiu
quando ao pé do
olhouvido descuidadosamente
bem autinho para
não me calar para
nãcordar me que
não credita mais
em mim assimesmo vaindo
desleixiado virei me mal dito dei
de cara com o cujodito cordei-o envolta
volveando-o pescoço quebrei-mhe no
crânio o travesseiro de chumas não
me não alembro demaisiadamente nada
e mesmo-esmo
assim sim sou
in
feliz-felizmente

Cameramão e as unhas de nona

Ao mote ensaicenado
Das falas amentoadas
Das princesas defumadas
Da cameramão
Luz para todos os lados
As palavras quase enfiadas
Abaixo das ditas línguas
A faixa de listras vencidas
De números não registrados
Com uma ingementira tira
Da língua sinta-liga abaixo
Do bulbo e o bolso ruptura
A cencussão distral se acha
Seria do disnheiro utacado
Para alertar as sessas nonhoras
Das sariculosidades dos pelões
Cumeiros priidados a todas nonas
Assim cumpre sua soção funcial
Cabeça no desvesseiro e tracansa


no achar que devia
me achar achei
sobre quadros não
quadrados poeiraesia deiperxadida
d’antes me perdia
por
dia em curvas retangulares ângulos
centrais ruas centrionais e pensamentos
oblígados ah chiava sim sem ter
se
tinha que achiar sobre achados
me fui perdendo pendurei
o achar aí achei que chiar
era o achado perdido perdi
mesmo para parar de achar chiando
























(*)de forma alguma digo que é bom ,/ou que esteja pronto.(*)

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A única coisa que me atrai é o impossível e vôo mesmo sendo um pássaro de uma asa só

a minha porta se abre
e enfim um corredor
mais pra frente duas portas
e a luz se acende
uma escada ascende
a outra depende
a esquerda o elevador
quando a preguiça
ataca meu dedo que aciona
no contrário
desço mesmo pela escada
na minha frente o elevador
quando a preguiça ataca
meus pés cansam de descansar
de um lado carros
do outro também
mas por falta de escolha
escolho a direita e saio

no fim este poema
se acaba na rua
pela falta do que fa(la/ze)r

---------------------------------------------------

vi ali
num trincado do chão
de que era feito
muito antigamente
o outro chão
que se esgueira
e vi também
uma plantinha que
se nascia
para morrer
e da pedra
que se acomodava
com qualquer buraco
vi uma largata
que se tinha
cansado
de casar
e lá estava
em um desca(n)sar
infinimuito
quando cansei de ver
abri os olhos

-----------------------------------------

riscando o céu
como lápis com régua
os fios crescem
desenfreadamente
por onde querem
e bem entendem

empurrando o chão
como mão com pá
as raízes descem
organizadamente
por onde podem
e nem entendem






“to aqui pensando
que se pensar demais
às vezes
não faz mal”




sou um pássaro de uma asa só
e vôo por aí
e não sei passar
não sei ser passado

e almejo a única flor
que não nasce do chão
não tem pétala
ramos
ou folhas
quando me vi
estava a amar
as nuvens
que se iam

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Pergunto me: se seria como se fosse...


Um pé após o outro
um ao encontro do outro
o chão
momento reflexivo
prostrada em descanso forçado
junto do chão
a dúvida no coração
quantos pessoas será que viram?
Até que levante
Já teriam dito coitado?
Ainda no chão
As pedras me sentem
O tempo quanto já passou?




"A maioria das pessoas que me odeiam são míopes..."




me acusa
se acusa
e acusa

a acusação
é causa





A falta de comunicação
A unificação de dois silêncios
O intervalo
A vala que nos separa
Como duas árvores
Que se vêem morrer de sede
E se cedem por amor
Não um por um
Mas por qualquer um
Que seja capaz de sentir dor

quinta-feira, 24 de maio de 2007

AUTO-EGO EM CON(S/C)ERTO


Entro em meu centro
E me vejo passando bem ali
Logo ali que me vejo
Me ver me faz feliz
Tanto como me sentir
Ali em meu centro
Nas vezes que me vejo
Pois têm vezes sabe
Que me ver é difícil
E difícil também é me ter
E quando me tenho
Logo me desfaço
Como a poça d’água
E o reflexo dos prédios
Logo secam e tudo se acaba
Estar concêntrico
Ali vendo toda sua margem
Estar entre o quarteirão
Estar entre o meio fio
Estar entre os carros
Estar entre as pessoas
Estar entre mim mesmo
E quando estou dentro de mim
Estou entre o vazio
Que carrego sempre só
E tudo marginal como o sol
Em relação a mim claro.




A estrada

No caminho das cinzas
Um risco desesperado
Denuncia
Um instante distante
Levou ao fim
Da estrada
Um pai sem família





No céu uma nuvem
Desgarrada
Reclama
Sua privacidade

Na verdade
Aguarda
O seu fim
Em pura água






A árvore marginal
Do rio
Enfeitada
Como se fosse natal
(mas é páscoa)
Em vez de bolas
Pneus
E sacolas




Aqui o medo não existe

Carros
Entre
Borboletas
Pessoas
E meio-fios





Alguns poemas do livro "A Margem Central".

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Estamos quase lá, voltando para o NADA...

Tem momentos
Que abrir ou fechar
Os meus olhos
Diferença não faz
A minha escuridão
Se projeta
Já é extrema
externa
Minha casca
É feita de fios
De luzes
Tecidos no breu
E o meu oco
Puro eco
silencioso








sua beleza será sempre infinita
envelheça o quanto quiser
e será sempre bela
não há nada mais belo do que ela
sua feição
seus movimentos
sua inda e vinda
será bela infinitamente bela
pois sua beleza não está nela
e sim em mim
em meus sentimentos
infinitamente finitos



Cravar na obscura alma
A tomicidade das matérias
Fundir
E
Difundir
Com o nada ideal
E no ininstante
Tanto inexato
Ter humildade
De se recolher
Ao vazio exterior
E insistentemente
Cravar o recheio
Do vazio interior







Minha poesia
Existe
Pois o silêncio
Há em mim
Troquei o fazer
Nada
Pelo fazer
Poesia

sexta-feira, 27 de abril de 2007

NADA PODE SER MAIS SINCERO DO QUE O ERRO E POR ISSO SEI QUE SINCERIDADE DEMAIS MATA

E quando se viu
Se fez acompanhado
Tudo o que não era seu
Lhe possuía
Se embrenhava em si mesmo
Perceber era duro
Mais doloroso se perdoar
A morte enigmopoesia
A vida contraposição retida
Se tinha quando menos entendia
E se perdia no entender
Quando falava dava de cara com a verdade
Por isso, lia
A música permeava pelo ( seu ) silêncio
Sempre à procura do perfeito
Por isso nunca iria se amar
Quando os pensamentos
Subtraírem de seus tormentos
Lhe restará em si mesmo



*


A luta contra si mesmo

Luta travada
Dia após dia
Engolir palavras
Dizer o que não se dizia
A luta contra si mesmo
que quando se acorda
E se dorme
No sonho presente
A batalha incansável
De se negar

Se modelar sendo
O próprio barro
Ser a tinta
Que se pinta

Lutar contra si mesmo
Luta travada
dia após dia
o que vir a ser
não sei bem
só o que não posso
é continuar a ser ninalguém
a minha mente abisanimada
deselegância de não
se entender
e quando se imagina transmudado
se vê revelado
o segredo , sua sina
negar se sempre
e ser se sempre o mesmo
o mesmo ser sempre de se ser


*


nada me parece tão justo, quanto aquilo que me dest´rói
os meus erros me fazem para de pensar,
e penso
agora meus acertos se desfizera, em meu erros e errar é tão comum...
acredito no acso e no caos acredito tanto neles como na minha existência
e como no que me faz existir
sou feito de erros minha arte sempre girou em torno disso aproveito como aproveitam de mim
concluo
sou um erro e feito deles assim como minha arte
faço isso rumo e desrumo nego e acredito
O CA OS
A CA SO
O CA SO
Nada pode ser mais sincero do que o errro
Nada pode ser maiNada Nada pode ser mais sincero do que o errro
pode ser mais sincero do que o errro
s sincero do que o erNada pode ser mais sincero do que o errro
roNada pode ser mais sincerNada pode ser mais sincero do que o errro
o do que o errrong>Nada pode ser mais sincero do que o errro

Nada pode ser mais sincero do que o errro
Nada pode ser mais sincero do que oNada pode ser mais sincero do que o errro
errro
O QUE NâO PODE SER MAIS SINCERO DO QUE O ERRO???

Por isso erro e odeio ser sincero
pois sei:
SINCERIDADE DEMAIS MATA
SINCERIDADE DEMAIS MATA
SINCERIDADE DEMAIS MATA


MESMO SABENDO DISSO MORRO TODOS OS SANTOS E NÃO SANTOS DIAS
MORRO POIS AMO MORRER DIAS APÓS DIAS
NASÇO E MORRO
POIS SEI
QUE NADA PODE SER MAIS SINCERO DO QUE O ERRO
E SINCERIDADE DEMAIS MATA

por isso morro
e vivo
e sou eu

sábado, 21 de abril de 2007

Minhas paLarvas ainda hão de ser BorboLetras Silenciosas e EnCantadoras...


Vem a mim um sentimento
e não sei bem recebê-lo
finjo estar olhando
para um outro lado longínquo

Insiste!
-insisto...
Instante
em tanto
distante

Agora tanto faz
........tanto fez

o sentimento
se
des
fez

em mil
pedaços
meus
...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

A mãoquina de De(s/x)crever

"A minha menor parte não está em mim
tudo o que sou é absolutamente NADA
contudo isso sou e faço parte de algo ou menos talvez,
realmente não faça parte de nada
minha partícula diminuta não é o quadrado nem o círculo nem o triângulo e sim o silêncio precedido da batida do meu
CORAÇÃO
(em pedaços)."


uma abelha pousa
no bran(c/d)o papel
que repousa em minha máquinabeça
o despertar repentino
é inevitável
o disparate
da minha mãonte
se transmuta
numa }^{`P=- 9 778 98 }^{`[9
EXPLOSÃO TIPOGRÁFICA!!! a
987 987 9 987 9 78978 9 7 trfgdgh kuuio ?:{ ~[}~_0
oiEH io ]
oih eheo }
~{`)_+) 32 4 b3 te hr j6 97




Nada que se conslida
é luz
e tudo
na escuridão
é igual
todoreal
é LUZ
e a luz
há em tudo
fios de luz
me atravessam
os que filtro
s(ão/ou) EU

...



Obs.: textos foram criados por vômitos verbais na frente duma máquina de escrever, recém adquirida(ganhada).

domingo, 25 de março de 2007

Aonde só se restava

Anima

se transfigurando

...........em engano

.........em encontro

ser duo

luta corp

............oral

busca inso

lente o antropo

...................fagar

incansável busca

pelo o ou

.............tr'eu

me pergunto

............o quem sou

te acho

.......a pro

...............curar-se

num lugar

.........aonde só se restava

ecoa o silên

................cio

reverberiz

.............ando

a vida

ultra-térina

A prisão corp

..................oral

o lento sono

se eternizando

abrir os olhos

.................sonhar

indefinição lógica virtual

...............busca insolente

...............regresso materno

encontrar em nossa criança

na envelhecida



Suspendo o real

com meu vazio

que me existe



Obs.:Poema criado para fotos de Alsk
link: http://www.lonjuraintima.blogspot.com/
Com alguns retoques dele no poema também.

Tenho te tido, erro, dito , o que há de mais errado ocutar o silêncio ou dizer-lo com todas as palavras?


Reconhcer o processo de anulamento de um objeto pelo outro, é simplesmente a coisa mais fácil de se fazer.Se vê na cara,ao resumir palavras.As palavras frêmulas se dizendo dos lábios mais trêmulos ainda.O negar direção de outrolhares.O esquivo em direção ao nada.Para que mais palavras? Devo ousar dizer o meu silêncio com simples palavras?Um simples eu te entendo basta.Já passei por isso, e ainda dizem que o que passou passou, malditos ,ilusionistas, enganadores, confabuladores de lendas.Mas por que se importar?Já vivi isso, e estou vivo...ou nem tanto...Um dia todos sentimentos se desfazem e somos obrigados a nos largar deles, como uma mudança, ou deixar no lixo, ou no armário, no fundo escondido, se tem um fundo falso, como o dos meus olhos, melhor ainda,ou ainda deixar no vizinho, quem sabe ele não se interessa por velhos sentimentos já (re)sentidos?Ingenuidade minha?Talvez.


Mas isso tudo é completamento rídiculo, em todo bom sentido.E mesmo assim continuo a fazer.Instinto sadomasoquista ou simples esperança?


Caso falte alguma palavra no meio do texto não se importe, tenho um leve sentimento que sou disléxico.

sexta-feira, 23 de março de 2007

O velho balanço da Fazenda Lembrança


A casa d'árvore / o velho balanço / minha lembrança se relembrando



Vale lembrar
que o esquecimento
que é a nossa verdadeira
(des)memória

O meu passado se desfazendo
em algumas toneladas de concreto
o velho balanço
a piscina vazia
e uma rã lá dentro
caída
o que fazer não sei
esperar o fragor
d'água
sumir

tudo que me lembra
o doce ar ingênuo infantil
o lodo
e o pneu(motorax)
o cair
a cicatriz
por um triz
não se conflagrando


a paz dando lugar
a um muro se levantando
a moradia
e as pessoas
se acoplando
a meu resquício de lugar

a minha casa
psique transfigurada no sono

pois hoje morri
senti ciúmes
e desejos
oníricos

e minha atitude foi acordar
escutar strauss
e desvouvir os pássaros-gaiolas
cantarem
o vazio que sentem
o canto do silêncio
de não
poder mais
bater as asas
deixar sua casa

devasso




o pomar
o amor

tudo que era dantes
colhido
agora
recolhido
em prateleiras
enfileiradas

selo de garantia




um fio de luz se revela
rios de teias
atravessam
as pontes do vazio-ar

sustentadores
de moléculas

armadilhas do invisível
do irreparável



a pavimentação
o avanço
acredite
se quiser
parou
porque no meio
tem uma árvore
velha e sem frutos

o corguinho
já desgastado
e com sua rota alterada
ainda insiste
em existir

não creio que dure mais do que
minha ilustre
vida efêmera
e repentina




a bicicleta dos anos 60
a gaiola prendendo os cantos de silêncio
a mesa
as fotos
os fatos
as teias
as telhas
as armas de meu tatatatatarávo
e a incerteza
se ainda vou
ver aquilo
continuar reunido
no seu desunir



Nada mais que lembranças
um viver
que não volta mais
agora
registrado
pelo inconsciente
não sei se ainda sentirei de novo
tudo que senti hoje

sábado, 17 de março de 2007

Deste ruído se tira o son-ho,nocivo e morto,o eco e oco,lugar vulgar...


"Um dia desses"

Que lindo
.........dia esse
..........feito um
dia desse
que o chão
..........de terra suja
..........suja a rua
de terra limpa
e no chão de barro
...........o barro esbarrando
nas barras
esbarradas no barro
..........que barra
a passagem
da água...

e nessa mesma água
que leva mágoa
............óleo
que se pega nos poços
..................rotos
no fundo dos corpos
................toscos
ou de um corpo sem
................ossos


com olhos de caroços
assados em fornos
...........sem direito a socorro
...........que perde-se nos poços
de um corpo
...........sem osso
ou sem caroço
.............e a água
.............e o barro
e o corpo
no fundo ainda
............dançam
.........no poço....

------------------//------------------

"Viworto"

Caso eu morra
Mate-me!
Para não restar
Dúvida!
Que minha alma
Divida
Em duas partes

------------------//------------------

A solidão é uma
....Benção
Poucos têm um
....Tempo
De entender o próprio
...Silêncio

------------------//------------------

"Um Risco de Lápis na Lápide "

Lapido minha lápide
Ao decorrer da vida
Pois depois que morrer
Alguém é capaz de escrever
Alguma daquelas hipocrisias
...
Grafito na minha lápide
Ao escorrer de minha vida
Pois depois que eu morrer
(Algum filhodap*ta)
Ainda deve escrever
Alguma dessas putas mentiras...

------------------//------------------

"O Infante Poeta Infame"

Não tenho um bom nome de poeta
Não tenho bom nascido de poeta
Não tenho dom
Não tenho bens
Não tenho tempo
De ser o melhor poeta, jamais visto.
Mas poeta assim mesmo, serei.
Poeta fajuto, sem terno, sem métrica.
Poeta do cerrado, meio seco, isolado.
Poeta latino, depois descoberto, depois lido.
E meus escritos, não sei se consagraram-se
Não sei de nada do futuro meu, do mundo.
Mas mesmo com todas incertezas sofridas
Por tantas gerações mundanas, assim mesmo mudo, serei.
Se minha arte chegará ao fim dos tempos,
Se minhas palavras, visões, sentimentos,
Se eternizarem entre tantos escritos aos quatro ventos,
Se minha vinda a este plano for reduzido a um poema
Como poeta para eu já basta.
Para eu que não tenho bom nome
Para eu que não tenho bom nascido
Que não tenho dom
Que não tenho bens
Que não tenho tempo
De ser o melhor poeta, jamais visto.
Como poeta somente isso, basta.

------------------//------------------

Todos momentos estão sua frente
Além do espelho que te cega e segui
Tudo que transporta sentimento te vê
Aquém você vê sentimento atrás porta
Atribuir coisas desconhecidas culpa
Acentuar que existencial não existe
Ter referência através que insiste
Sentir alma tocar coração sem sentir
Trazer tona tudo que não significa nada
Ver que símbolos remetem si mesmo
Obrigar todos obrigados serem sinceros






queria dizer: até tédio
e mal só dito: bem vindo.




“Nesta parede nada contém além de um aquém alguém.”

terça-feira, 13 de março de 2007

Contraposicionando a minha posição escrever a escrita através de sentimentos longos e inexistentes porém sinceros e hipocritas...


se fazer de alguém para tentar ser exatamente você quem diria essa possibimilidade continuar existir e desistir desexistir extinguir o tingir da tinta que limpa que tina sob/re você pois existir o corpo eco/oco o evo/ovo o tintintilar sobre a conjectura de não ter nada além de uma interface falsa a vida virtual e a morte mortual ter você ser você subordinadamente você essa casca que o oco é o eco e o ovo é o elo a maior parte de você está nos objetos subjetivos projeções que te resduzem a um modificador de realidades simples e subjetvias a visão não vê nada mais que o ouvido confirma ou a pele sente ou que o olfato cheira ou que a língua não reclama o corpo será feito de sentidos ou terão sentido esses sentidos



Escrevo muro nas palavras
Vejo um outro horizonte fantasma
Num instante, s’alto!


O guarda-chuva
Nos meus pés deixa água
Na verdade que me guarda


Manhã de Domingo
Menina firma com a mão
A voar um balão!




Nas minhas pálpebras
carrego o resto
da vida que me resta
E no coração
levo uma calma desonesta



Num cristal
Uma folha
Que viveu n’outro céu
Será assim
O sentimento
Na folha de papel?!



Ando chutando latas
Na esperança de encontrar
Um vazio que me preencha




A minha morte não lhe pertence
O meu fim começa no fim de nós
E tudo segue sua velha nova rotina

domingo, 25 de fevereiro de 2007

ser vários variando no ser ser varióseres variar variando ser serssando var vérios versar sior serar ser


Tem dias que tendia
a ser esse excesso
..........de cessar
a infortunia forma
.....de se deformar

Quero ter alguém
(e quem não quer?) Porém
Ter alguém necessita
....................de ser outro alguém
Estou aquém destes tratos
..........................Destrato
..além do mais
( além de mim )
Sou estrato de ninguém




Meu sonho é ser
................como o sonho
mostrar e
..............não revelar...




fingir o que
nunca fui me
ajudou a ser
...........o que
................sou
..............e
tentei ser o
que não era
acabei sendo
sempre
...........o que
nunca
................fui




bom....é ser
sempre o mesmo
.......e mudar
sempre



Pensamomentâneo:

.........Gostaria de ser
Como uma nuvem
.........Bela quando vem
Chuva quando esvai




Sou o que sou ou sôo o que sou?

Sou dois
........sou três
................sou mil
...sou eu ou você
...sou ou não sou
sou tudo
........sou todos
..................sou tudos
sou o que não era
............e era o
.........que jamais fui
sou isso e
sou aquilo
sou somente eu
sou só eu
..........só
............mente
.................eu's
se for isso
já não sou
se fui aquilo
já não era
Sou ego
......id e
..........super
...............ego
sou o que quero ser
....e o que os outros querem
sou eu e você
sou eus sou ous
sou sombra
..........que te protege
sou a luz
.........que te projeta
projeto
minha sombra em ti
protejo
a minha luz em mim
sou a morte
sou a vida
sou a sorte
sou a sina
sou o vento
..e o tempo
que nunca são ouvistos
sou dois
.........sou oito
..................infinito
.......só eu
......ou você
sou eu e mais um monte
....sou Jesus
.....ou De us
o que importa é que sou
......p.s.:...eu.




O verbo ser
Não é...
O verbo ver
Não vê...
O verbo crer
Não crê...
Seja eu
Que eu veja
O que creio...
Ou vejo eu
Que eu creia
O que seja...
Ou somente
Creio eu
Que eu seja
O que vejo?...




EX
SER
DER

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Partindombulando o (IN)Consciente mistifiesticando as exPRESSÕES animaburlescas do Inobjetos subrejetivos...


"Essa inferência (ou essa identificação) foi anteriormente estendida pelo ego a outros seres humanos, a animais, a plantas, a objetos inanimados e ao mundo em geral, e revelou-se útil enquanto sua semelhança com o ego individual era esmagadora; contudo, tornou-se menos digna de confiança na medida em que a diferença entre o ego e esses ‘outros’ aumentou. Hoje em dia, nosso julgamento crítico já se põe em dúvida quanto à questão da existência de consciência nos animais; recusamo-nos a admiti-la nas plantas e encaramos como misticismo a suposição de sua existência nas coisas inanimadas."

Inobjetos
Consequentes
Sequência
de
Animalidade
Instrumental

Superior
Somos nós
Conscientes
Da Própia
Inconsequência
Sequência
de Animalidade
Imaginal


Trago no meu fluxo
Na minha representação
Meu investimento
CEN
......SU
..........RA
Em um ato egoísta
guardo
e deixo
reguardado


ACUMULO
O CUMULO

Bem ali Dentro dali

Pois a superfície das coisas
Sempre pertence à nós
Da terra
do Mar
interior ou qualquer outra


E nossa humildade
perante todas coisas
se esgotando
nos esgotos
e gostos socioculturamente falando...

Obs.: Texto bem livre, deixando o inconsciente se manifestar sobre as inconsciências...

OUTROS POEMAS:

Um copo meio vazio
Ninguém bebe
Um copo meio cheio
Alguém mexe
Um copo cheio ao meio
È chique
Um copo vazio ao meio
É Uísque
Mas estar sempre
....................ao meio
Não te faz nem cheio
................nem vazio
..É um copo ao meio
..........de um líquido
......................alheio
...............nem é isso
..............nem aquilo
...é um simples copo
..........cheio de vazio



não se mata a injustiça
não se mata o risco no asfalto
não se mata a folha que cai
não se mata o não esperado
o que resta viver sem saber o que esperar do amanhã sem vez


quando nasci
tudo já morria
cin
.....ema
...........ar
..............te
.................poes
........................ia
agora na era
.................pós-tudo
o que me resta
só comer
...............x-tudo


DESMANTE
LAMENTOS
LAMENTES
DESMENTE


Faço tudo o que faço
Por acreditar que faço
Algo não por fazer
mas por amar...

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

E algumqui ex-iste magicastralmente hérois por serem em vida abismolutamente ninalguém conhemerecido...


Fragmentação Poética


por (o
)acaso
o fato
é fato
pois a
notado
foi se
o fato
fala
do fosse
caso
seria o

Entranhamento de palavras dentro de palavras
Sentidos embutidos em sentidos
Traços
Causando
Destroços
Fatos
Destruindo
Ultimatos

Palavrapoesia

Unidade poética
Só ela
Por completo
Própria poesia
Pura
Coleto de cada fração
Poliecos reverberizantes
Em decadência fônica

Exem(citrico)plo: O povo e o pavão

O
p
ovo
apav
ora
quando
“vê”
o p
avão
em
vão
vo
ar
no vão
do o
vo
do
ar

ou em nósmesmos
bom é ser
sempre o mesmo
e mudar
sempre

ou num passei no bosque,no desandar de ônibus, em o caminhar sonhonâmbolo na triste real-idade...
me busque
no bosque
de ônibus
de oneboss
ou se preferir
não me busquenem ofusque...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Confabulando sobre o nada

Confabulando sobre o nada...

fábulas histórias estórias cantigas poemas e poesias
cinema livros pinturas escrituras rabiscos e graffitis


tudo vale tudo vai valer

visual
não visual
verbal
não verbal
sonoro
não sonoro

verbivocovisual


escrevo não
por que quero
escrevo, pois
não me nego


um Poeminha

Poesia Fragmentada
Poesia Livre
Poesia Famigerada
Poesia Triste
Poesia Heresia
Poesia Infame
Poesia Infante
Poesia Concreta
Poesia Plástico
Poesia Pedaço
Poesia Casta
Poesia Gasta
Suja e Simples
Poesia que acaba noComeço do Nada
Poesia que começa no
Limite de Cada
Poesia Poesia
Poesia Prosa
Poesia Minha
Poesia Prova
Feito de Risco e Risada
Poesia Mentira
Poesia SinceraAssim sempre será...


e


Uma incerteza me acerta
Tudo será eterno?
Ou será tudo externo?



Um post
Um post scriptum
com os dizeres
ps.:iu!