domingo, 25 de março de 2007

Aonde só se restava

Anima

se transfigurando

...........em engano

.........em encontro

ser duo

luta corp

............oral

busca inso

lente o antropo

...................fagar

incansável busca

pelo o ou

.............tr'eu

me pergunto

............o quem sou

te acho

.......a pro

...............curar-se

num lugar

.........aonde só se restava

ecoa o silên

................cio

reverberiz

.............ando

a vida

ultra-térina

A prisão corp

..................oral

o lento sono

se eternizando

abrir os olhos

.................sonhar

indefinição lógica virtual

...............busca insolente

...............regresso materno

encontrar em nossa criança

na envelhecida



Suspendo o real

com meu vazio

que me existe



Obs.:Poema criado para fotos de Alsk
link: http://www.lonjuraintima.blogspot.com/
Com alguns retoques dele no poema também.

Tenho te tido, erro, dito , o que há de mais errado ocutar o silêncio ou dizer-lo com todas as palavras?


Reconhcer o processo de anulamento de um objeto pelo outro, é simplesmente a coisa mais fácil de se fazer.Se vê na cara,ao resumir palavras.As palavras frêmulas se dizendo dos lábios mais trêmulos ainda.O negar direção de outrolhares.O esquivo em direção ao nada.Para que mais palavras? Devo ousar dizer o meu silêncio com simples palavras?Um simples eu te entendo basta.Já passei por isso, e ainda dizem que o que passou passou, malditos ,ilusionistas, enganadores, confabuladores de lendas.Mas por que se importar?Já vivi isso, e estou vivo...ou nem tanto...Um dia todos sentimentos se desfazem e somos obrigados a nos largar deles, como uma mudança, ou deixar no lixo, ou no armário, no fundo escondido, se tem um fundo falso, como o dos meus olhos, melhor ainda,ou ainda deixar no vizinho, quem sabe ele não se interessa por velhos sentimentos já (re)sentidos?Ingenuidade minha?Talvez.


Mas isso tudo é completamento rídiculo, em todo bom sentido.E mesmo assim continuo a fazer.Instinto sadomasoquista ou simples esperança?


Caso falte alguma palavra no meio do texto não se importe, tenho um leve sentimento que sou disléxico.

sexta-feira, 23 de março de 2007

O velho balanço da Fazenda Lembrança


A casa d'árvore / o velho balanço / minha lembrança se relembrando



Vale lembrar
que o esquecimento
que é a nossa verdadeira
(des)memória

O meu passado se desfazendo
em algumas toneladas de concreto
o velho balanço
a piscina vazia
e uma rã lá dentro
caída
o que fazer não sei
esperar o fragor
d'água
sumir

tudo que me lembra
o doce ar ingênuo infantil
o lodo
e o pneu(motorax)
o cair
a cicatriz
por um triz
não se conflagrando


a paz dando lugar
a um muro se levantando
a moradia
e as pessoas
se acoplando
a meu resquício de lugar

a minha casa
psique transfigurada no sono

pois hoje morri
senti ciúmes
e desejos
oníricos

e minha atitude foi acordar
escutar strauss
e desvouvir os pássaros-gaiolas
cantarem
o vazio que sentem
o canto do silêncio
de não
poder mais
bater as asas
deixar sua casa

devasso




o pomar
o amor

tudo que era dantes
colhido
agora
recolhido
em prateleiras
enfileiradas

selo de garantia




um fio de luz se revela
rios de teias
atravessam
as pontes do vazio-ar

sustentadores
de moléculas

armadilhas do invisível
do irreparável



a pavimentação
o avanço
acredite
se quiser
parou
porque no meio
tem uma árvore
velha e sem frutos

o corguinho
já desgastado
e com sua rota alterada
ainda insiste
em existir

não creio que dure mais do que
minha ilustre
vida efêmera
e repentina




a bicicleta dos anos 60
a gaiola prendendo os cantos de silêncio
a mesa
as fotos
os fatos
as teias
as telhas
as armas de meu tatatatatarávo
e a incerteza
se ainda vou
ver aquilo
continuar reunido
no seu desunir



Nada mais que lembranças
um viver
que não volta mais
agora
registrado
pelo inconsciente
não sei se ainda sentirei de novo
tudo que senti hoje

sábado, 17 de março de 2007

Deste ruído se tira o son-ho,nocivo e morto,o eco e oco,lugar vulgar...


"Um dia desses"

Que lindo
.........dia esse
..........feito um
dia desse
que o chão
..........de terra suja
..........suja a rua
de terra limpa
e no chão de barro
...........o barro esbarrando
nas barras
esbarradas no barro
..........que barra
a passagem
da água...

e nessa mesma água
que leva mágoa
............óleo
que se pega nos poços
..................rotos
no fundo dos corpos
................toscos
ou de um corpo sem
................ossos


com olhos de caroços
assados em fornos
...........sem direito a socorro
...........que perde-se nos poços
de um corpo
...........sem osso
ou sem caroço
.............e a água
.............e o barro
e o corpo
no fundo ainda
............dançam
.........no poço....

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"Viworto"

Caso eu morra
Mate-me!
Para não restar
Dúvida!
Que minha alma
Divida
Em duas partes

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A solidão é uma
....Benção
Poucos têm um
....Tempo
De entender o próprio
...Silêncio

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"Um Risco de Lápis na Lápide "

Lapido minha lápide
Ao decorrer da vida
Pois depois que morrer
Alguém é capaz de escrever
Alguma daquelas hipocrisias
...
Grafito na minha lápide
Ao escorrer de minha vida
Pois depois que eu morrer
(Algum filhodap*ta)
Ainda deve escrever
Alguma dessas putas mentiras...

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"O Infante Poeta Infame"

Não tenho um bom nome de poeta
Não tenho bom nascido de poeta
Não tenho dom
Não tenho bens
Não tenho tempo
De ser o melhor poeta, jamais visto.
Mas poeta assim mesmo, serei.
Poeta fajuto, sem terno, sem métrica.
Poeta do cerrado, meio seco, isolado.
Poeta latino, depois descoberto, depois lido.
E meus escritos, não sei se consagraram-se
Não sei de nada do futuro meu, do mundo.
Mas mesmo com todas incertezas sofridas
Por tantas gerações mundanas, assim mesmo mudo, serei.
Se minha arte chegará ao fim dos tempos,
Se minhas palavras, visões, sentimentos,
Se eternizarem entre tantos escritos aos quatro ventos,
Se minha vinda a este plano for reduzido a um poema
Como poeta para eu já basta.
Para eu que não tenho bom nome
Para eu que não tenho bom nascido
Que não tenho dom
Que não tenho bens
Que não tenho tempo
De ser o melhor poeta, jamais visto.
Como poeta somente isso, basta.

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Todos momentos estão sua frente
Além do espelho que te cega e segui
Tudo que transporta sentimento te vê
Aquém você vê sentimento atrás porta
Atribuir coisas desconhecidas culpa
Acentuar que existencial não existe
Ter referência através que insiste
Sentir alma tocar coração sem sentir
Trazer tona tudo que não significa nada
Ver que símbolos remetem si mesmo
Obrigar todos obrigados serem sinceros






queria dizer: até tédio
e mal só dito: bem vindo.




“Nesta parede nada contém além de um aquém alguém.”

terça-feira, 13 de março de 2007

Contraposicionando a minha posição escrever a escrita através de sentimentos longos e inexistentes porém sinceros e hipocritas...


se fazer de alguém para tentar ser exatamente você quem diria essa possibimilidade continuar existir e desistir desexistir extinguir o tingir da tinta que limpa que tina sob/re você pois existir o corpo eco/oco o evo/ovo o tintintilar sobre a conjectura de não ter nada além de uma interface falsa a vida virtual e a morte mortual ter você ser você subordinadamente você essa casca que o oco é o eco e o ovo é o elo a maior parte de você está nos objetos subjetivos projeções que te resduzem a um modificador de realidades simples e subjetvias a visão não vê nada mais que o ouvido confirma ou a pele sente ou que o olfato cheira ou que a língua não reclama o corpo será feito de sentidos ou terão sentido esses sentidos



Escrevo muro nas palavras
Vejo um outro horizonte fantasma
Num instante, s’alto!


O guarda-chuva
Nos meus pés deixa água
Na verdade que me guarda


Manhã de Domingo
Menina firma com a mão
A voar um balão!




Nas minhas pálpebras
carrego o resto
da vida que me resta
E no coração
levo uma calma desonesta



Num cristal
Uma folha
Que viveu n’outro céu
Será assim
O sentimento
Na folha de papel?!



Ando chutando latas
Na esperança de encontrar
Um vazio que me preencha




A minha morte não lhe pertence
O meu fim começa no fim de nós
E tudo segue sua velha nova rotina